“75% das empresas ainda tratam o desenvolvimento de liderança como um benefício, não como uma prioridade estratégica.” Este dado é do relatório Irresistible 2025, da Josh Bersin Company, em que se demonstra o desperdício de 40% do investimento em treinamento e desenvolvimento (T&D). Vejo o quanto isso é verdade no desenvolvimento de líderes.
Mentoria de liderança para além dos executivos
Eu dou mentoria de liderança a executivos e empreendedores há uns 20 anos e, há pouco mais de 2 anos, eu e meu sócio percebemos que não bastava que a alta liderança tivesse um desenvolvimento com resultado efetivo.
A média liderança precisava assumir um papel mais estratégico e estava enfrentando muitos desafios para os quais não estavam preparados. E, somado a isso, os treinamentos tradicionais oferecidos não estavam dando os recursos necessários para seu crescimento profissional e o alcance das metas de negócio.
O desafio da média liderança no ambiente corporativo
Em outro empreendimento de meu sócio, ele vivia, lá em 2022, o desafio de manter sua média liderança tão preparada quanto a diretoria, para enfrentarem os desafios incertos aos quais estavam sendo expostos pós-fusão, para a empresa continuar crescendo e sendo rentável.
Pressão por resultados e saúde mental no trabalho
De lá pra cá, o cenário se tornou mais competitivo e a pressão por resultados aumentou. Por outro lado, a saúde mental no trabalho piorou muito e começou a afetar o engajamento dos colaboradores e o desempenho no trabalho.
Ou seja, hoje, as empresas precisam de colaboradores que continuem aprendendo para se adaptar às mudanças e alcançar as metas de negócio, sem que eles adoeçam, se afastem ou saiam.
Flexibilidade e cultura de aprendizado contínuo
E, para alcançar este objetivo, a flexibilidade precisou entrar na equação da estrutura, do ambiente e das relações de trabalho. Criar uma cultura de aprendizado se tornou essencial para o futuro da liderança nas empresas.
LMS e Universidades Corporativas: solução ou ilusão?
Diante desta situação, a solução que parecia mais adequada para continuar treinando as pessoas eram as LMS/Universidades Corporativas, com muita disponibilidade de conteúdo, alguns síncronos, outros assíncronos/on-demand. Tudo isso com o objetivo de atender ao modelo híbrido de treinamento corporativo e num volume antes impensado no presencial. Parece
No entanto, esses portais se tornaram, na maioria dos casos, cheios de conteúdos repetitivos e obsoletos. E este “mais do mesmo” que não gera mudança de comportamento ou desempenho no trabalho, e nem mesmo uma boa experiência para o colaborador, tornou-se um enorme desperdício de recursos — dinheiro, energia e tempo.
Quando o T&D não gera transformação
Se o colaborador se sente beneficiado em ter acesso a conteúdos para seu desenvolvimento, pelo menos o investimento teve algum propósito. Mas, e quando o colaborador nem considera o treinamento um benefício?
Aí, as empresas fingem que investem em treinamento e desenvolvimento e os colaboradores fingem que se desenvolvem — investimento se torna só despesa (sem ROI) e nenhuma mudança positiva de performance acontece.
Liderança e treinamento comportamental: uso do tempo com impacto
Quando falamos de treinamento comportamental, focado em líderes e potenciais líderes, a situação é ainda mais crítica. Porque, em geral, esses talentos têm menos tempo para dedicar a treinamentos, e seu tempo é mais caro para a empresa.
No entanto, se o tempo dedicado ao desenvolvimento de liderança for efetivo em produzir a mudança necessária para melhorar sua performance, aí o investimento valeu tanto para o colaborador, que se sente mais confiante e vê seu progresso, quanto para a empresa, que se beneficia da sua melhor performance.
T&D como prioridade estratégica
Por isso, eu concordo que não dá para T&D ver e tratar treinamento como benefício. Mas é preciso entender como, de verdade, o investimento em desenvolver pessoas, beneficia pessoas e empresas.
A personalização e o microlearning com IA não se restringe a pílulas de conteúdos gravados oferecidos de forma customizada a cada colaborador. Embora este modelo já seja um grande avanço em relação ao modelo tradicional (e ultrapassado).
O modelo da Upskill: mentoria com IA e aprendizagem ativa
Na Upskill, criamos um modelo que, combinando mentores humanos e Inteligência Artificial aplicada à liderança, está revolucionando a maneira como se desenvolve a liderança: microlearning customizado, individualizado, em tempo real, com aprendizagem ativa e aprendizado efetivo, com acompanhamento e uma metodologia validada por mais de 20 anos de experiência — e disponibilizada aos líderes com mentores humanos + Gen IA treinada.
E você, como enxerga o futuro do T&D?
E você, como enxerga essa mudança nos modelos de treinamento e desenvolvimento? Estamos diante de uma nova era em que mentoria, IA e aprendizagem ativa se unem para transformar o desenvolvimento de líderes em uma vantagem estratégica real.
Fonte da imagem: Meshcube/FreePik