Na sua empresa, a IA vem primeiro?
Ou as pessoas vêm primeiro e são preparadas para integrar IA aos processos, produtos e soluções de problemas?
Uma cultura de prontidão para a IA é aquela em que as pessoas estão em constante aprendizado. Isso cria uma cultura de mente aberta para enxergar como criar soluções integrando IA com propósito.
Cultura e estratégia: o elo invisível
Quando falamos de cultura, estamos falando de parâmetros que determinam comportamentos que, constantemente, influenciam a estratégia.
Cultura e estratégia estão profundamente conectadas.
A mentalidade e o comportamento das pessoas influenciam suas decisões e, portanto, definem se e como as metas e os objetivos serão alcançados.
É importante lembrar que, pelo menos por enquanto, ainda criamos produtos e oferecemos serviços para pessoas. E essas pessoas precisam ter uma fonte de renda para consumir.
Se empregarmos só algoritmos e robôs, quem vai consumir os produtos e serviços?
É preciso entender o impacto complexo de cada decisão para além do alcance de uma meta corporativa momentânea. Do contrário, podemos agir ansiosos por estarmos surfando a onda da IA, quando na verdade é preciso preparar-se para um tsunami.
O que realmente significa “AI First”?
O termo “AI First” tem sido usado, em alguns casos, de maneira indiscriminada.
Por princípio, ele define uma organização onde as pessoas são estimuladas a pensar como integrar a IA em tudo o que forem executar, criar e solucionar. E isso se aplica às diferentes áreas do negócio.
Mas nem toda automação precisa ser feita com IA.
Outras tecnologias podem agilizar a implementação e evitar investimentos desnecessários.
Além disso, usar “First” pode gerar uma confusão. Pode parecer que estamos colocando IA e pessoas em lados opostos, como se, em empresas “AI First”, as pessoas viessem em segundo plano.
“AI Ready”: a cultura de prontidão
O termo “AI Ready” propõe algo diferente: criar uma cultura onde as pessoas e a estrutura estão prontas para a transformação com IA.
Ou seja, as pessoas têm uma mentalidade adaptável e resiliente para passar por mudanças constantes. Elas estão treinadas e dispostas para aprender continuamente e encontrar oportunidades para manter o negócio competitivo — e a sanidade mental.
A liderança, por sua vez, deve criar um ambiente de segurança psicológica. Assim, é possível reduzir a resistência, o medo ou a ansiedade diante da integração da IA à rotina de trabalho.
O papel do líder na era da IA
Precisamos de líderes capazes de desenhar um propósito claro com IA e compartilhá-lo com os times. É assim que vão sustentar o engajamento das pessoas no processo de transformação, gerando pertencimento e colaboração.
Por isso, prefiro me referir ao termo “AI Ready” ao invés de “AI First”. Ou seja, criar uma cultura de prontidão para integrar IA com estratégia, segurança psicológica e formação adequada.
E, na sua empresa, como tem sido a implementação de IA?


