Era uma vez um treinamento…
Joana era uma gerente competente da área de treinamento e desenvolvimento. Depois de semanas dedicadas a levantar os gaps de habilidades em cada time, foi identificado que a equipe comercial sentia falta de entender melhor o funcionamento dos novos produtos do catálogo. Com uma ansiedade boa em ajudar aqueles profissionais, Joana agendou uma reunião do líder da área comercial com o profissional (da equipe técnica) mais qualificado para treinar a equipe. No entanto, a reunião não foi bem o que ela esperava.
O líder não reconhecia aqueles gaps em sua equipe e, talvez por ele sentir que havia perdido o controle do que acontecia com o time, discordou do que o RH havia detectado com a pesquisa.
Por outro lado, o profissional da área técnica, que já havia socorrido algumas vezes um colega do comercial, entrando numa reunião para ajudar a esclarecer dúvidas e fechar o negócio, sabia que treinar as habilidades que a área de desenvolvimento detectou era necessário.
A conclusão foi um desacordo entre as partes e, por fim, um adiamento do treinamento em questão.
Detectar gaps de habilidades é uma pequena parte do processo de treinar e desenvolver pessoas
É verdade que o RH tem a missão de fazer pesquisas internas para desvendar quais são os gaps de desenvolvimento para que os profissionais tenham melhor performance e produzam melhores resultados para o negócio.
No entanto, saber quais são esses gaps e necessidades é apenas uma parte pequena do processo. Para desenvolver essas habilidades, primeiro é preciso que a liderança do time avaliado reconheça o gap, o porquê de preenchê-lo, e qual seu papel para que isso aconteça.
A ausência de um conhecimento específico, técnico, pode parecer simples de ser solucionada: basta encontrar um especialista para falar do assunto e agendar uma data. No entanto, na prática, não é bem assim.
Engajar a liderança é indispensável para treinar as equipes
Quando o RH detecta este gap, primeiro é preciso ter uma conversa franca com a liderança dos colaboradores que declararam a necessidade. Nem sempre este tipo de conversa é fácil. Por isso, é necessário que o responsável do RH consiga mostrar à liderança que a necessidade de aprimoramento não é sinal de que seu trabalho está mal feito. E, no entanto, tudo pode melhorar. A intenção de treinar o time é também contribuir para que o líder alcance suas metas.
Como diz Dale Carnegie: “a única forma de conseguir que alguém faça algo, é dando à pessoa o que ela quer”. E como esta premissa se aplica neste caso? O seu papel como RH é, através das pessoas, ajudar a empresa a alcançar suas metas e objetivos. Para conseguir isso, é preciso que você se comunique com foco naquilo que as pessoas desejam, e não apenas focados na missão do RH. Se você conseguir entender e atender às necessidades da liderança, terá mais sucesso em suas empreitadas para desenvolver pessoas.
A liderança como parceira dos programas de treinamento do RH
Quando, ao conversar com o RH, o líder da equipe que precisa ser treinada compreende a importância de desenvolver seu time, cria-se um laço de confiança, e tanto a liderança quanto seus liderados estarão mais receptivos ao aprendizado. Afinal, sem esta receptividade, é muito provável que seus programas para treinar as equipes tenham baixo engajamento, ou mesmo aqueles que participem não assimilem muita coisa, porque estão com a mente fechada.
Desenvolver suas equipes passa pelo processo de desenvolver suas próprias habilidades de liderar os Recursos Humanos, e fomentar o aprimoramento da liderança de cada gestor, gerente, coordenador etc. Para isso, é preciso que todos reconheçam que uma das principais habilidades do líder do futuro é a mente aberta ao aprendizado.
Uma maneira inovadora de engajar a liderança no desenvolvimento dos talentos
A plataforma da Upskill usa assessments para detectar os gaps de habilidades de cada líder, e mentorias 1:1 para validar o que ele precisa desenvolver. Assim, é possível conduzir este desenvolvimento de acordo com o perfil e a necessidade de cada um, tornando sua liderança menos resistente às mudanças e mais aberta ao desenvolvimento contínuo.