Uma pesquisa recente realizada pela Alice (plano de saúde para empresas), em parceria com a Beneficência Portuguesa de São Paulo, a Caju, o Grupo Fleury, a Gupy, a Zazos e O Futuro das Coisas, concluiu que as empresas que se preocupam com o bem-estar físico e mental de seus colaboradores registram índices maiores de engajamento interno. No entanto, a chave para construir e manter um ambiente saudável de trabalho pode estar além dos benefícios; no preparo da liderança.
Segundo o estudo, 70% dos colaboradores de empresas preocupadas com o bem-estar de suas equipes, relatam estar com a saúde “boa” ou “ótima”. Por outro lado, se a empresa não se preocupa com o bem-estar físico e mental do time, apenas 40% dos funcionários relatam estar com a saúde “boa” ou “ótima”.
No entanto, o mesmo estudo concluiu que 51% dos que recebem benefícios para se exercitar, por exemplo, não os utilizam. E que 33% dos respondentes se sentem mal por precisarem provar seu valor no trabalho diariamente.
O que significa preocupar-se com a saúde e o bem-estar?
Esta chamada “preocupação” que foi abordada no estudo tem relação direta com o quanto a empresa investe em programas de bem-estar. São programas que incentivam atividades físicas, que orientam sobre qualidade do sono e procuram criar uma cultura que estimule os profissionais a usarem os benefícios oferecidos para melhorar a saúde e o bem-estar.
Entretanto, preocupar-se com a saúde e o bem-estar é resultado da coerência entre políticas, programas e comportamentos e não apenas incentivo para o uso de benefícios. Se a empresa oferece benefícios que precisam de tempo disponível no expediente de trabalho para serem aproveitados pelo colaborador, e o líder não valoriza ou não dá este tempo para se usufruir dessas atividades, há um conflito que não conduz a um ambiente saudável.
Nesses casos, o líder, normalmente sobrecarregado, transfere a sobrecarrega para suas equipes e o colaborador não encontra tempo para cuidar de si.
O papel da liderança na promoção da saúde e do bem-estar
O bem-estar físico e mental dos colaboradores é um indicador de saúde organizacional, mas também reflete diretamente como está sua liderança. Muitas vezes, não é o trabalho que estressa o profissional, mas a relação com sua liderança direta. E isso depende, em muitos casos, da diretoria reconhecer que não basta remediar o mal estar ou os problemas de saúde com exercício físico ou terapia. A liderança precisa aprender a tolerar melhor as ambiguidades, a entender como suas ações impactam o desempenho da equipe e assumir seu papel de criar as condições e o ambiente necessário para o time prosperar.
A média liderança é o suporte direto aos membros de equipe. Então, como cada líder pode ser proativo e solucionar a causa dos problemas de bem-estar que afetam o desempenho?
Desafios na dinâmica organizacional
Em muitas empresas, a sobrecarga de trabalho é comumente transferida de um nível hierárquico para outro. A pressão enfrentada pela alta liderança, muitas vezes devido às condições do mercado, é repassada para a média liderança, que por sua vez transfere para as equipes. Essa cascata de pressão pode resultar em uma cultura organizacional tóxica, prejudicando a saúde e, por consequência, o engajamento, a colaboração e a produtividade.
A busca por bons resultados financeiros é essencial para o sucesso empresarial e de todos os stakeholders envolvidos na cadeia de produção. No entanto, a falta de preparo do líder produz um ambiente nocivo, tóxico, que gera nas equipes um efeito negativo sobre sua saúde mental e bem-estar. Por consequência, o engajamento e a produtividade caem, levando o líder a cobrar mais performance do time, aumentando a pressão e a sobrecarga, produzindo um ciclo vicioso de baixa performance e mal estar generalizado.
Da cultura de apagar incêndios à proatividade
Na Upskill, reconhecemos a importância da transição de uma cultura reativa para uma abordagem proativa. Ao invés de remediar problemas de saúde mental, nossa solução visa atuar sobre a causa, a origem desses problemas que é a falta de preparo dos líderes.
Quando um gerente não tem as habilidades de liderança, quando não foi treinado para entender e gerir pessoas diversas, e extrair o melhor desempenho da equipe, é comum que o ambiente de trabalho tenha um clima de cobrança, desconfiança e desconforto, ao invés de acolhimento, segurança, bem-estar e criatividade.
Ao invés de cobrar e pressionar por resultados, o líder pode compartilhar a responsabilidade e o comprometimento. Para isso, uma das iniciativas do líder deve ser apresentar as metas do negócio, para alinhá-las com as metas da equipe. E, a partir daí, permitir que cada um entenda como o trabalho do time contribui para alcançar as metas do negócio, e como cada membro do time é responsável pelo alcance das metas do grupo.
Compartilhar e alinhar metas
Apenas impor tarefas e cobrar por sua execução afasta o profissional do significado do seu trabalho. E sentir que não é reconhecido ou valorizado pelo que faz, leva o colaborador a ficar esgotado, sem ânimo para celebrar suas conquistas, por menores que pareçam. Por isso, se o líder diz qual é a meta da equipe e pergunta como cada um pode contribuir para alcançá-la, ele compartilha também a responsabilidade e demonstra confiança no time, valorizando suas habilidades e criando oportunidades para que eles cresçam com seus próprios erros e acertos.
Quando o líder assume o papel de agente de mudança da cultura organizacional, antecipando o que pode estar impactando negativamente a saúde e o bem-estar da equipe, produz um efeito cascata positivo em toda a equipe e empresa.
Conclusão
Investir no preparo da liderança é um passo fundamental para construir uma cultura proativa em relação à saúde física e mental, essencial para o sucesso a longo prazo de uma organização.
Dê um UPSKILL na sua liderança!
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